A descriminação de
Slytherin baseada na origem das pessoas era considerada inusitada e sem
fundamento pela maior parte dos bruxos daquela época. A literatura
contemporânea sugere que os nascidos trouxas não só eram aceitos, como, também,
considerados especialmente talentosos. Eram chamados pelo nome afetuoso de
‘Magbobs’ (há considerável discussão sobre a origem do nome, mas o que parece
mais provável é que surgiu por arte da magia do inglês ‘bobbed’).
A opinião mágica
sofreu uma mudança quando o Estatuto Internacional de Sigilo entrou em efeito
em 1692, ano em que a comunidade bruxa passou a se esconder voluntariamente
devido a perseguição dos trouxas. Este foi um tempo traumático para os bruxos e
bruxas, e o número de casamentos com trouxas alcançou as taxas mais baixas que
já se teve registro, principalmente pelo medo de que os casamentos mistos facilitassem
a descoberta dos bruxos e, por conseguinte, a uma infração séria da lei bruxa*.
Sob tais condições
de incerteza, medo e ressentimento, a doutrina do sangue-puro começou a atrair
seguidores. Como regra geral, aqueles que a adotavam eram também aqueles que
mais se opunham ao Estatuto Internacional de Sigilo, defendo, em vez disso, uma
guerra aberta com os trouxas. Um crescente número de bruxos proclamavam que o
casamento com um trouxa não apenas implicava o risco de uma possível quebra do
novo Estatuto, mas também que era algo vergonhoso, antinatural e que levaria a
uma ‘contaminação’ do sangue mágico**.
Veja abaixo o resto do post...
Como o casamento
entre bruxos e trouxas havia sido comum durante séculos, aqueles que se
descreviam agora como sangue-puro dificilmente teria uma proporção maior de
ancestrais bruxos do que aqueles que não o faziam. Definir-se como um
sangue-puro era mais uma declaração de tendências políticas ou sociais (“Não me
casarei com um trouxa e considero o casamento entre bruxos e trouxas
repreensível”) que como uma declaração de dum fato biológico.
Várias obras de
duvidosa autoria, publicadas em meados do século XVIII e baseadas em parte nos
escritos do próprio Salazar Slytherin, fazem referência a indicadores de status
de sangue-puro, também da arvore genealógica. Os sinais mais comumente citados
eram: indícios de habilidade mágica antes dos três anos, habilidade precoce
(antes dos sete anos) com uma vassoura, aversão ou medo de porcos e daqueles
que os criam (o porco é considerado como um animal particularmente não mágico e
especialmente difícil de receber feitiços), resistência a doenças comuns da
infância, um grande atrativo físico e aversão a trouxas – que se observa desde
que o sangue-puro é bebê – que supostamente mostra sinais de medo e desgosto em
sua presença.
Os estudos
posteriores produzidos pelo Departamento de Mistérios provaram que essas
supostas marcas distintivas de status de sangue-puro não tem nenhum
fundamento. Entretanto, muitos sangue-puros continuam citando-as
(as marcas) como prova de seu próprio status elevado dentro da
comunidade
bruxa.
No início dos anos
1930, publicaram de forma anônima na Grã-Bretanha um “Diretório de Sangue-puro”, que listava os
nomes das vinte e oito famílias de sangue puro de verdade, conforme julgado
pela autoridade anônima que escrevera o livro***, com o objetivo de ajudar
essas famílias a manter a pureza de suas linhas de sangue. Os chamados “Sagrados
Vinte e Oito” incluem as famílias:
Abbott
Bulstrode
Burke
Carrow
Crouch
Fawley
Avery
Black
Flint
Gaunt
Greengrass
Lestrange
Longbottom
Macmillan
Malfoy
Nott
Ollivander
Parkinson
Prewett
Rosier
Rowle
Selwyn
Shacklebolt
Shafiq
Slughorn
Travers
Weasley
Yaxley
Uma minoria
destas famílias deplorou publicamente sua inclusão na lista, declarando que
entre seus antepassados haviam trouxas, um feito do qual não sentiam vergonha.
Os que se mostraram mais indignados foram os membros da família
Weasley, que, apesar de sua conexão com quase todas as famílias bruxas mais
antigas da Grã-Bretanha, se mostravam orgulhosos de suas relações ancestrais
com muitos trouxas interessantes. Seus protestos legaram a essas famílias o opróbrio
de advogados da doutrina do sangue-puro, e o epíteto do ‘traidor de sangue’. Ao
mesmo tempo em que muitas famílias protestaram por não terem sido incluídas na
lista de sangue-puros.
*Durante as
décadas e séculos que se seguiram, o número de casamentos mistos começou a
crescer novamente até alcançar os bons níveis de hoje em dia e este feito não
ocasionou que a comunida bruxa fosse descoberta. O professor Mordicus Egg,
autor de A filosofia do mundano: por que
os trouxas preferem não saber, declara que os trouxas apaixonados
geralmente não traem seus maridos ou mulheres e que os trouxas que deixam de
estar apaixonados são ridicularizados pela sua própria comunidade quando dizem
que seu ex era um bruxo ou uma bruxa.
** Na verdade,
parece que precisamente ocorre o contrário. Quando as famílias que aderem a
prática de casar só com pessoas pertencentes a um pequeno grupo de bruxos e
bruxas, isto resulta em instabilidade mental e física, além da fraqueza.
*** Muito
acredita-se que o autor seja Cantakerus Nott.
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