segunda-feira, outubro 15, 2012

J.K. Rowling é entrevistada pelo o grande jornal "NY Times" - uma entrevista reveladora, e mágica!


  O famoso jornal "The New York Time"s publicou uma grande e reveladora entrevista com J.K. Rowling, na semana passada, para ser certo, no dia 11, data em que ela participou de um webchat direto de sua casa, em Edimburgo (Escócia). Feita originalmente para divulgar o seu novo romance, The Casual Vacancy, mas trata sobre os gostos literários da autora.

Confira a entrevista traduzida pelo site "O Profeta Diário.

 The New York Times: Qual foi o melhor livro que você leu neste verão?

J.K. Rowling: Encantei-me com "The Song of Achilles, de Madeline Miller.

NYT: Qual o último livro realmente bom que você leu?

JKR: "Team of Rivals", de Doris Kearns Goodwin. Eu vivi da maneira que você faz com os livros verdadeiramente grandes: terminando-o com os olhos vidrados e sentindo-me desconcertada de viver no século XXI. Conheci o autor em uma recepção da Embaixada Estadunidense em Londres no ano passado, e me senti tão emocionada que fiquei balançando-me enquanto estava parada no mesmo lugar, como uma menina de 5 anos.

NYT: Algum gênero literário que simplesmente você não quer ter tempo para ler?

JKR: "Não quer ter tempo para ler" não é uma frase que utilizaria, porque meus gostos de leituras são muito católicos. Não leio "literatura para garotas", fantasia ou ficção científica, mas darei uma oportunidade a qualquer livro se estiver disponível e tiver meia hora. Com todos os seus benefícios, e são muitos, uma das coisas que lamento dos livros eletrônicos é que tenham abandonado a necessidade de buscar lojas de livros no exterior ou as prateleiras de hotéis para encontrar algo que quer ler. Eu encontrei joias e obras não tão boas dessa maneira, mas ambas podem ser divertidas. 
 No tema de gêneros literários, sempre senti que minha resposta à poesia era inadequada. Encantaria-me de ser o tipo de pessoa que vai ao jardim com um volume fino de versos isabelinos ou um punhado de haikais, mas minha paixão são as histórias. De tempos em tempos, leio um poema que me toca, mas nunca recorro a poesia apenas por conforto ou prazer de modo que eu me lanço na prosa."

NYT: Qual foi o último livro que te fez chorar?

JKR: A resposta sincera é "The Casual Vacancy" (Uma morte súbita). Chorei ao escrever o final, quando o relia e quando o editava.

NYT: O último livro que te fez rir?

JKR: "The Diaries of Auberon Waugh". Está no meu banheiro, e sempre é bom para soltar uma risada.

NYT: O último livro que te enfureceu?

JKR: Como diria Margaret Thatcher, não quero dar o oxigênio da publicidade.

NYT: Se pudesse pedir que o presidente dos Estados Unidos lesse um livro, qual seria? E se fosse para o primeiro ministro?

JKR: O presidente iria ler "Team of Rivals", e não posso pensar em algo melhor para ele. Ao nosso primeiro ministro, lhe daria "Justice", de Michael Sandel.

NYT: Quais foram seus livros favoritos quando era criança?

JKR: "O Cavalinho Branco", de Elizabeth Goudge, "Little Woman" de Louisa May Alcott, "Manxmouse" de Paul Gallico, tudo de Noel Streatfeild, tudo de E. Nesbit, "Beleza Negra" de Anna Sewell (na verdade, tudo o que incluía um cavalo)

NYT: Você teve um personagem favorito ou um herói quando criança? Tem um herói literário como adulta?

JKR: Meu personagem heroico favorito de literatura é Jo March. É difícil enfatizar o que ela significava para uma pequena e simples menina chamada Jo, que tinha um temperamento quente e uma ambição ardente de ser escritora.

NYT: Qual foi o melhor livro que sua mãe deu ou leu para você?

JKR: Ela me deu quase todos os livros mencionados antes. Lembro-me mais vivamente de meu pai começando a ler "O Vento nos Salgueiros" quando eu tinha 4 anos e sofria de sarampo. Na verdade, é tudo o que me lembro de ter sarampo: Ratty, Mole e Badger [nota: personagens do livro O Vento nos Salgueiros].

NYT: Quais livros seus filhos apresentaram a você recentemente? Ou você a eles?

JKR: Meu filho me apresentou os livros de dragões de Cressida Cowell, os quais são muito bons e divertidos. Minha filha mais jovem está louca pelos pôneis, então vamos a metade uma antologia de livros de Pippa Funnell. Recentemente, comecei a insistir a minha filha mais velha, que é uma científica, para que leia "Kurt Vonnegut Jr.".

NYT: Se você pudesse conhecer qualquer escritor, morto ou vivo, qual seria? O que gostaria de saber?

JKR: Penso nessa pergunta tão seriamente que perco horas com ela. Passei por todos os meus escritores favoritos, descartando por várias razões: P.G. Wodehouse, por exemplo, era tão tímido que seria um encontro incômodo. Julgando por suas cartas, seus interesses principais eram cães pequineses e escrever metodologia. Como não possuo um pequinês, tenho o pressentimento de que só iríamos discutir sobre laptops em vez de explorar os segredos de sua genialidade.
Finalmente, reduzo a resposta a dois candidatos: Colette e Dickens. Se Colette estivesse preparada para falar livremente, seria o encontro de minha vida porque ela teve uma vida incrível (sua biografia, "Secrets of the Flesh", de Judith Thurman, é uma de minhas favoritas de todos os tempos). Ainda assim, por uma pequena margem, gostaria mais de conhecer Dickens. O que gostaria de saber? Tudo.

Clik no pergaminho, para ler o restante da grande entrevista; vale apena! O-O¬



NYT: Você se lembra da melhor carta de fã que já recebeu? O que fez de especial?

JKR: Houve várias cartas de fãs extraordinárias, mas vou dizer que foi a primeira que recebi, de uma jovem garota chamada Francesca Gray. Significou tudo para mim.

NYT: Há muitos livros para crianças que se comparam a si mesmos a Harry Potter. Se seu novo livro, The Casual Vacancy, tivesse que ser comparado com outro livro, autor ou série, qual seria?

JKR: The Casual Vacancy tem grandes referências de maneira consciente às tradições do século XIX de Trollope, Dickens e Gaskell; uma análise de uma sociedade pequena e literalmente paroquial. Qualquer resenha que faça referência a qualquer desses escritores me agradaria.

NYT: Dos livros que você escreveu, qual é o seu favorito?

JKR: Meu coração está dividido em três caminhos: Harry Potter e a Pedra Filosofal, Harry Potter e as Relíquias da Morte e The Casual Vacancy.

NYT: Existe uma sub-indústria completa que publica livros sobre Harry Potter. Você já leu algum deles ou qualquer um dos artigos acadêmicos dedicados ao livro?

JKR: Não, com exceção de duas páginas de um livro que diz revelar o subentendimento cristão. Ele me convenceu que não deveria ler outros.

NYT: Qual é o livro que você mais gostaria que alguém escrevesse?

JKR: "The Playboy of the Western World", o segundo volume sobre a biografia que Nigel Hamilton escreveu sobre J.F.K. e uma sequência de "Reckless Youth".

NYT: Se pudesse levar só três livros para uma ilha deserta, quais levaria?

JKR: As obras completas de Shakespeare (não é trapaça, tenho um volume com todas); as obras completas de P.G. Wodehouse (são dois volumes, mas tenho certeza que posso encontrar em um único); e as obras completas de Colette.

NYT: Se pudesse ser qualquer personagem da literatura, qual seria?

JKR: Elizabeth Bennet, naturalmente [nota: personagem da obra Orgulho e Preconceito, de Jane Austen].

NYT: Qual foi o último livro que não pode terminar de ler?

JKR: "Armadale" de Wilkie Collins. Como me encantei com "The Woman in White" e "The Moonstone", levaram-os na turnê para os Estados Unidos em 2007, antecipando uma ameaça real. A impossibilidade da trama foi tão desesperadora que o deixei pela metade, algo que quase nunca faço.

NYT: O que você pretende ler depois?

JKR: Há três livros que eu preciso ler sentada em minha mesa, mas por prazer, porque eu amo um bom romance policial e ele é um professor, eu vou ler “The Vanishing Point”, de Val McDermid.

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